quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quem tem medo da morte?


O que me aflige é a ideia do lugar vazio, os objetos para sempre órfãos, a biografia jamais escrita. Não posso deixar de lamentar a ideia de que um dia deixarei de participar desse grande truque de mágica, que simplesmente todos os meus afetos, lembranças e histórias se perderão tal como gotas derramadas em um rio. Mas, por outro lado, que bom ainda ter tempo para festejar cada minuto. Enquanto a noite não chega, celebrarei o dia e quando a hora do crepúsculo chegar quero poder olhar para trás e concluir: foi um ótimo dia.

Por George Fernandes

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